Os Muros da Mente: #004 O Despertar na Clínica

Alex abriu os olhos lentamente, sua visão embaçada e seu corpo entorpecido. Ele estava deitado em uma cama estreita, cercado por paredes brancas e frias. 

Confuso, tentou se lembrar de como havia chegado ali. Sua mente parecia nublada, como se estivesse sob efeito de sedativos. Ele se esforçou para se sentar, sentindo uma pontada de dor em sua cabeça. Seus olhos se ajustaram à luz fluorescente, e ele pôde examinar melhor o ambiente. A única coisa que se lembrava era da sala do projeto Éter.

O cômodo em que estava tinha uma janela estreita que mal deixava passar a luz do dia. Havia uma porta fechada do outro lado, provavelmente a única saída. Alex notou a presença de outros leitos, indicando que aquele era um quarto compartilhado por outros pacientes.

“Onde estou?” ele murmurou para si mesmo, sua voz soando estranhamente fraca.

Aos poucos, as lembranças antigas começaram a retornar. Ele se lembrava de estar em casa, discutindo com seu tio sobre a herança da família. Seu tio havia insistido para que ele se internasse em uma clínica psiquiátrica, alegando que Alex estava mentalmente instável e não era capaz de administrar os negócios da família.

Alex cerrou os punhos, sentindo a raiva crescer dentro de si. Aquilo não podia estar acontecendo. Sua internação havia sido uma manobra de seu tio para se apropriar da fortuna que lhe pertencia. Ele não podia simplesmente ficar ali, preso, enquanto seu tio tramava contra ele.

Determinado a descobrir o que estava acontecendo, Alex se levantou da cama, ignorando a tontura. Ele caminhou cautelosamente até a porta, testando o trinco. Trancada, como esperado. Seus olhos percorreram o quarto em busca de algo que pudesse usar para forçá-la, mas não havia nada à mão.

Frustrado, sentou-se na beira da cama, tentando organizar seus pensamentos. Ele precisava encontrar uma maneira de sair dali e expor as mentiras de seu tio. Mas como faria isso confinado naquela clínica? E porque justo agora essa memória tornou-se recorrente?

Foi então que seus olhos recaíram sobre um paciente que ocupava outro leito. Ele parecia estar dormindo, mas Alex não conseguia tirar os olhos dele. Havia algo de intrigante naquela figura adormecida.

Aproximando-se devagar, pôde observá-lo melhor. O homem devia ter a mesma idade que ele, talvez alguns anos mais velho. Seus traços eram suaves, mas havia uma certa intensidade em seu semblante, mesmo em repouso. Alex se perguntou quem seria aquele paciente e o que o levara àquele lugar. O rosto era tão familiar… Ele vagamente lembrava do nome do rapaz… Ethan!

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