Eu sou apenas um texto. Não me culpe, a culpa é toda dela. Sou um movimento cíclico diante da realidade de suas frases elaboradas. Nego o que manipula, nessa ordem imposta a mim, todos os dias – eu sei, ela me escreve e me domina. Por isso, não posso ter estrutura; para ter tenho que negar minha própria essência – e sequer sou algo existente. Vivo naquela que me escreve.
Abalo, propositalmente, o que aparentemente é normal, com indignação e reverência. Comecei assim quando notei o que faltava em meu interior. Percebi que, dentro dela, você faz falta. E se eu tivesse um pouco mais de coragem… Se me permitisse o meu permitir daquilo que não tenho e, mesmo assim, sinto falta… Eu acabaria com essas reticências. Mas, ela sofre a sua saudade. Enquanto me escreve, ela vive à sua espera.
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