Recorrendo às minhas lembranças, entre a memória e as fotografias… Na linha do tempo, o tempo e eu. Tantas Susanas, atravessando as horas dos dias, os dias dos meses, os meses dos anos…
Entre as linhas do registro escrito, do passado distante dentro do meu presente, as Susanas passeiam na fusão daquela que todos chamam pelo nome.
Relendo o diário, onde Susana tem cores sepias, eu a sinto escapar… escorregar por entre meus braços, por entre os dedos… ali, depois de instante, ela acena adeus e eu, impotente, vejo-a partir… sabe Deus, aonde vai…
Se eu pudesse, transformaria em carne as palavras da antiga música e “congelaria sua imagem”… Mesmo amando o movimento, não queria ver Susana partir; a menina da escola… a menina do silêncio… a que adolesceu dentro de seu cubo imaginário… a que cresceu entre os sorrisos e as dores… a que atravessou tão forte quanto quem não chora… a que funde todas elas sente saudade de todas…
O tempo todo… no todo do tempo, vejo Susana passar… “The feeling in it ” …
O tempo todo… no todo do tempo, vejo Susana passar… “The feeling in it ” …
15/02/2010 – Blog Pia Fraus

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